[Resenha] A Busca Sofrida de Martha Perdida - Um conto de fadas para adultos - Caroline Wallace


Olá queridos, como estão?

Hoje é dia de resenha, e trago pra vocês um dos livros que estive esperando muito ansiosa para ler, desde que vi ele na fanpage da editora Rocco, "A busca Sofrida de Martha Perdida - Um conto de fadas para adultos" tem essa capa linda e eu não vou mentir que ultimamente tenho gostado muito de capas azuis haha..

Sinopse

Liverpool, 1976. Martha tem 16 anos e mora numa estação de trem desde que se entende por gente. Mais especificamente, desde que foi encontrada, ainda bebê, em uma mala na estação Lime Street, ficando sob os “cuidados” da dona da loja de achados e perdidos do local. Proibida de deixar a estação, sob a ameaça de uma maldição, Martha espera diariamente que alguém venha buscá-la. Enquanto isso, passa seus dias atendendo os passageiros que circulam por ali, conhece todos os segredos da estação e acaba se envolvendo em alguns mistérios, entre eles o aparecimento de uma mala que talvez tenha pertencido aos Beatles e que coloca a cidade em polvorosa. Mas o maior mistério começa quando ela passa a receber livros com cartas de um desconhecido que parece saber tudo sobre a sua vida. Martha precisará correr contra o tempo se quiser encontrar repostas e não se perder novamente.


"Martha Perdida" (vou chamar assim porque o título é muito grande haha) é um conto de fadas bem levinho. Como toda história do gênero vamos nos deparar com um nível de inocência nos personagens fora do comum e essa é uma das características da Martha Perdida.

Sim, o nome dela é Martha e a chamam de Perdida porque a mãe (a personagem que a adota) lhe disse que pessoas perdidas não merecem sobrenomes.
"Se eu pudesse ter coragem, eu sugeriria que você não perguntasse quem você é, ou quem você pode ter sido, mas, em vez disso, que você olhe para o futuro, para tudo o que você vai se tornar." - Pag 148
Mas vamos ao começo, Martha nos conta sua história de forma bem espontânea, como se ela estivesse sentada do seu lado enquanto esperam um trem atrasado. Tudo começa com a menina girando pela estação de Liverpool, local onde ela vive e nunca saiu desde que foi encontrada numa mala e deixada nos achados e perdidos. 

A mãe, a dona do achados e perdidos conta a história de que Martha ficou numa prateleira esperando ser encontrada por muitos dias até ser obrigada a ficar com a menina. Logo no começo percebemos que a relação de Martha com esta senhora chamada de A mãe é de pura submissão e medo.

Martha nunca saiu da estação e acredita (graças a mãe) que se sair de Liverpool, o local inteiro irá desmoronar e matar todos lá dentro, e tudo será culpa dela. Então Martha, com seus 16 anos passa seus dias na estação onde interage com os funcionários e fez deles parte da sua família, Elizabeth é sua melhor amiga e dona da cafeteria ao lado. Graças a Elisabeth, Martha tem acesso a músicas e muito bolo glaceado de limão acompanhado de chá (se você como eu adora bolo, vai se sentir tentado muitas vezes a parar na doceria mais próxima haha). 



A mãe, na verdade não tem um nome, ela simplesmente é chamada assim, é uma figura religiosa e alienada, criou a menina de forma que toda essa alienação colocasse barreiras entre Martha e o mundo exterior. Mesmo assim a menina demonstra extremo respeito com ela, e procura não desobedecer as ordens ou questiona-las, até porque pode ser punida.

A história do livro começa a desenrolar quando Martha começa a receber livros de um misterioso personagem que diz saber muito sobre a vida da menina. Em meio a acontecimentos que prometem mudar a vida de Martha e novos personagens sendo introduzidos como George (um amorzinho de soldado romano) que sempre pega o mesmo trem, senta no mesmo banco e desembrulha um sanduíche, Willian um personagem único de chapéu coco que vive nos tuneis da estação, ainda tem espaço para lidar com uma história paralela de uma mala, que talvez tenha pertencido aos Beatles encontrada pelo escritor australiano Max que vocês vão aprender a torcer contra.



Em meio a perdas e novas responsabilidades, Martha mais do que nunca precisa saber quem ela é, e a única pessoa que pode ajuda-la é o personagem misterioso que se comunica através de cartas escritas em livros.


"Eu me pergunto se estar perdido tem mais a ver com esperar para ser achado." - Pag. 186

A leitura do livro flui levemente até o fim, a única coisa que tenho para reclamar é um pouco de repetição de fatos já relatados anteriormente. No livro a autora utilizou bastante referencia musical como Beatles e Elvis, então se tiver a oportunidade de escuta-los enquanto lê o livro terá a chance de se sentir na cafeteria da Elizabeth.

A quantidade de personagens excêntricos é maravilhosa, Martha por si só é uma peça rara, toda a inocência que ela transmite ao longo do livro, é digno de conto de fadas, além disso ela tem um dom: De poder ver a história dos objetos com um toque. É interessante quando ela começa a contar a história porque você sente toda a emoção. 



Willian para mim foi o personagem mais amor do livro, a história dele é sofrida e ele tem o jeito excêntrico de viver. O George teve a introdução mais engraçada do livro, pois Martha e Elizabeth ficam criando teorias do por que ele estar sempre vestido de soldado romano.
"Imagino que, se alguém desse com a gente, ficaria curioso. Somos um bando desconexo, um chá do Chapeleiro Maluco, e ainda assim nos encaixamos perfeitamente." - Pag. 150
No decorrer do livro o episodio sobre a mala dos Beatles se encontra com a de Martha. A menina acaba conhecendo Max que promete te fazer odiá-lo e desejar que a inocência de Martha dê espaço para o amadurecimento da personagem que acontece bem lentamente. 

Existem dois pontos desse encontro de Martha e Max que são chave: Primeiro Martha tenta ajudar Max nesta busca, o que faz a menina gostar do rapaz de 40 e tantos anos e arranjar um jeito de mostrar a cidade para o australiano.



Eu achei que faltou um pouco de foco na busca da Martha sobre conhecer sua própria história, isso acontece lentamente e você chega a acreditar que ela nunca vai saber a verdade. Em contra partida é perceptível o amadurecimento dos personagens (O amadurecimento do Willian foi o meu favorito) mas isso ficou meio ofuscado com a busca da mala dos Beatles que quase pareceu mais importante que a busca da Martha.

Enfim eu recomendo este livro para quem gosta de contos de fadas, pois tem todos os elementos necessários para um dos bons: vilões, príncipe e princesa, uma busca e claro um final que faz jus à historia.

Nota:


 

E é isso queridos. Espero que tenham gostado da resenha.

Para adquirir o livro: Clique aqui.

 Conta pra gente se você leria a historia da Martha Perdida e qual seu conto de fadas favorito.


Um até logo e beijos de luz




10 comentários

  1. Hey
    Aaa que livro fofo ! A história parece a de alguma outra princesa que não to lembrando hahaha
    Amei demais ! Adoro livros assim !
    Bjs

    ResponderExcluir
  2. A Busca Sofrida de Martha Perdida
    Martha está perdida.

    Ela está perdida desde que ela era uma criança, abandonada em uma mala na estação de trem de Paris. Desde então, ela esperou na loja de achados & perdidos da estação de esperando alguém reivindicá-la. Já fazem dezesseis anos, mas ela ainda tem esperança.
    Entretanto, há mistérios para resolver: túneis secretos sob a estação, uma mala que pode ter pertencido aos Beatles, o soldado romano que aparece ao mesmo tempo todos os dias com seu almoço embalado.
    Mas há um mistério que Martha não pode resolver. E agora as autoridades descobriram sobre a ela. O tempo está acabando e se Martha não descobrir quem ela realmente é, vai perder tudo ...

    ResponderExcluir
  3. A descrição dessa "mãe" lembra um pouco a "mãe" da Rapunzel. Mulheres autoritárias que criam as meninas de forma a mantê-las alienadas do mundo exterior. Ambas não são suas mães verdadeiras. Rapunzel vive presa em uma torre; Martha em uma estação de trem. Gostei dessa associação, acho que esse livro deve ser uma gracinha!

    ResponderExcluir
  4. Olá
    Amo demais livros com personagens excêntricos, também gosto do clima conto de fadas, fiquei muito curiosa

    ResponderExcluir
  5. Olá, tudo bem?

    Não conhecia o livro, mas já adorei conhecê-lo, sua resenha me deixou bem curiosa e com vontade de lê-lo o quanto antes. Gosto desses livros mais leves, mas que ao mesmo tempo trazem valiosas lições. Creio que eu adoraria a Martha e sua excentricidade, personagens assim me cativam.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  6. Apesar de não gostar desse tipo de livro, eu gostei muito foi da sua resenha. Bem escrita e estruturada. O livro não é pra mim, mas pra quem curte o gênero, será uma boa pedida.

    ResponderExcluir
  7. Eu gosto bastante desses contos de fadas modernos. São bons para quebrar o clima badvibe de algumas leituras (tenho lido muito Palhniuk ultimamente), mas sem a chatice recorrente de castelos e príncipes.

    Gostei muito da premissa da história. Me parece bem absurdo e, por isso mesmo, maravilhoso. Fiquei curioso.

    ResponderExcluir
  8. Eu adoro livros com esse tema, parabéns pela resenha o livro é bem interessante estou super curiosa pra saber o final. Sucesso

    ResponderExcluir
  9. Oi Ritchelly!!
    Achei esse livro tão bonitinho. A capa é encantadora e as suas fotos ficaram maravilhosas.
    Gostei da premissa do livro e fiquei bastante curiosa. Já anotei a dica. Obrigada.
    Bjs
    https://almde50tons.wordpress.com/

    ResponderExcluir
  10. Oiiie,
    eu gosto de livro de contos de fadas, adoro no caso, esse eu não conhecia mas pelo visto ele deve valer a pena a leitura pq eu até gostei

    ResponderExcluir