[Resenha] A Alcateia - Glauco Freitas

Olá queridos como estão?

Vim trazer um pouquinho do que achei desse livro maravilhoso do autor Glauco Freitas, parceiro do blog que estará lançando em breve mais um livro de sua autoria.

Dessa vez é sobre "A alcateia" e eu confesso que comecei sem muita expectativa mas a historia flui de uma forma tão espontânea que é impossível não se pegar apreensiva pelos próximos acontecimentos.

A Alcateia

Autor: Glauco Freitas

Ano: 2017

Nota: 

Sinopse

"Vem Lobo! Coroa-te no sangue dos apressados!"

Rituais de morte se espalham pela cidade de Curitiba e cabe ao Investigador da Homicídios, Flávio Patrezzi, impedir a propagação do horror causado pela Alcateia. A ajuda de seu consultor, Alexandre Matsui, será imprescindível para que encontrem os responsáveis por estes crimes bárbaros numa caçada que os levará aos corredores labirínticos do próprio Inferno.

Logo de primeira vista você não sabe o que esperar do livro, até abri-lo e se deparar com acontecimentos que explodem na sua frente de forma rápida e objetiva.

Tudo começa com um chamado policial onde uma senhora diz que seus filhos estão trancado o dia todo no quarto e não importa o quanto bata, eles não respondem ao chamado. Os policiais acostumados com certos tipos de acontecimentos não dão o devido credito ao desespero da senhora, tendo que ver com os próprios olhos a realidade (não tão cotidiana assim). Os policias se deparam com a morte horrível do menino ficando claro que não foi uma simples morte, pois o rapaz esta sentado, amarrado, degolado e marcado com um simbolo estranho. E a historia se repete pela cidade deixando mortos com as mesmas características e meninos desaparecidos. Flavio Patrezzi entra no caso junto com Alexandre Matsui para tentar impedir que mais mortes aconteçam. Patrezzi é um policial normal, até você saber que ele e Matsui normalmente pegam casos que envolvam o sobrenatural. Matsui é um medium, mas um tipo diferente, como o autor descreve logo na introdução do personagem.

"Ele era um tipo diferente de médium.

Dos mais conhecidos, os mediuns videntes e psicógrafos eram os em maior destaque: ver espíritos e fantasmas ou receber mensagens do outro mundo garantia presença nos mais variados programas de TV, mesmo que metade da audiência os chamasse de charlatões - e ainda que boa parte destes, realmente o fossem. Outros Mediuns podiam fazer nada mais do que ouvir ou sentir a presença de espíritos, outros, conseguiam comunicar-se com o outro mundo através dos sonhos, e ainda outros capazes de curar, dizem.Não era nenhum deles, muito menos um dos médiuns proféticos, nos quais nem ele mesmo acreditava. Era, porem, um medium manifestativo, capaz de criar aparições físicas de espíritos e fantasmas, faze-los materializar-se."

No decorrer do livro vemos Matsui lidando com manifestações de espíritos onde ele consegue ver e sentir como foi a morte deles e podendo exorciza-los e toda essa coisa sobrenatural.

A dupla é chamada por ficar claro que as mortes estão sendo realizadas para um ritual, como ou quem esta fazendo e o por que é desconhecido até pelo Matsui. O caso fica cada vez mais complicado quando o nome da seita "Al-Qatyya" surge em um papinho com o próximo plano (leia-se tabua de Oujia) e nada se sabe sobre tal. 

Matsui e Patrezzi apelam para pesquisas em todas as fontes possíveis, desde padres à demônios, indo inclusive para uma excursãozinha num pedacinho do inferno que pode ou não trazer consequências. Aqui nos é apresentados dois demonios excêntricos, Yuthakai e Rasferum, que eu particularmente adoraria se tivessem mais interação na historia.

"- "Socios"?

- Rasferum é um demonio com conhecimento sobre tudo e Yuthakai, é um demonio com poder de curar qualquer doença.
- Desde quando um demonio tem poder de curar? - Patrezzi parecia realmente surpreso.
-Não é por que são demonios que tudo o que sabem fazer é torturar e soltar fogo pelo rabo [...]" 

Os personagens principais tem uma amizade bem legal, você consegue sentir toda a intimidade criada entre eles, mesmo que ambos tenham segredos que não desejam compartilhar, mas a preocupação que Matsui sente em proteger Patrezzi nesse caso é interessante e foi bem trabalhada. 

A introdução é objetiva, pois ao mesmo tempo que o caso é iniciado, o autor também vai introduzindo os personagens Patrezzi e Matsui. Eu adorei a leitura, embora senti que alguns personagens poderiam ser melhor trabalhados (Como o padre por exemplo) mas acredito que tenha sido por falta de espaço, já que a historia acontece em um curto espaço de tempo.

Apesar disso, a historia não fica nenhum pouco lesada pois a riqueza na forma de descrever os fatos te fazem imaginar tudo mesmo (então não leia antes de dormir, se você como eu tem o costume de ter muitos sonhos durante a noite haha) e a quantidade de informações sobre rituais religiosos e elementos sobrenaturais suprem muito bem e obrigada, a ausência do padre na historia (desculpa, mas o padre foi um personagem em potencial que eu adorei haha).

Então se você esta preparado para embarcar nessa historia cheia de mortes bem descritas, historias trágicas, alguns demônios e um pouco de drama que envolve passado dos nossos mocinhos, só venha e se surpreenda com a escrita do Glauco Freitas que nos deixa em sua nota de autor um pouco do seu carinho e experiencia escrevendo "A Alcateia".

PS: O Glauco disse na nota do autor que tem um Saci escondido no livro, eu não achei, será que você encontra?

                                                       

É isso queridos, espero que tenham gostado. Conta pra gente se você já leu este livro ou se pretende ler. Se você já leu vem cá nos contar se encontrou o saci escondido.

Um até logo e beijos de luz