[Resenha] Ruínas de Gorlan (Rangers #01) - John Flanagan

Olá queridos, como é que vocês vão? Sabe aquele livro que você morre de curiosidade de ler porque além de ser o seu gênero favorito, ainda é sobre arqueiros?! Mas também é aquele livro que você não quer começar a ler sem antes saber sobre porque tem muitos (muitos mesmo) livros na série? Bom, eu finalmente encontrei um amigo que adora a série, e por indicação dele, finalmente peguei ele para ler. E agora eu venho trazer para vocês a resenha do primeiro livro da série "Rangers - Ordem dos arqueiros", as Ruínas de Gorlan.

Nota:

Will é um dos órfãos que perderam seus pais durante a guerra contra Morgarath, e foram acolhidos no castelo de Redmont pelo barão Arald. Ele é pequeno, não possui um sobrenome, e a única coisa que sabe sobre seu pai é que ele foi um herói de guerra. Por esse motivo, Will sonha em entrar na Escola de Guerra, e se tornar um cavaleiro como pensa que seu pai também foi. Sendo protegidos do barão, eles têm o privilégio de se candidatarem no "Dia da escolha" e esperar que tenham as aptidões necessárias para o ofício. Infelizmente, não acontece como Will esperava, e ele não é aceito na Escola de Guerra por ter o porte pequeno e pouca habilidade com espadas.

No entanto, Halt, o mestre dos arqueiros vê no garoto um potencial nato para fazer parte da Ordem dos Arqueiros, tornando-o seu aprendiz. Os arqueiros do rei são muito misteriosos e soturnos, e todos temem sua Ordem, insinuando inclusive que eles usam magia e sempre que podem, os evitam. Will a princípio também não aceita muito bem o fato de ter se tornado um aprendiz de arqueiro, especialmente porque Halt é um homem de poucas palavras, rígido e com pouco humor. 

"Era uma sensação agradável, de estar no lugar certo, como se, de alguma forma, ele tivesse chegado à sua casa pela primeira vez na vida."

Esse é o primeiro livro de uma série de 12, e aqui começamos a ser apresentados aos personagens e á história do seu mundo. Apesar de Morgarath ter sido derrotado, ele apenas foi exilado para além das terras do reino, e como todo bom vilão, está apenas esperando pelo momento da vingança, alimentando seu antigo ódio. E ele mal pode esperar para começar. 

Uma das coisas que eu mais gostei, foi poder ver os arqueiros com destaque. Geralmente nos grandes livros de fantasia, o herói é aquele cavaleiro em sua armadura, montado em seu cavalo com a espada em punho. Eu particularmente amo arqueiros (em rpg sempre é minha classe hahaha), e foi fantástico ler como é o treinamento para se tornar um, e que é tão ou mais árduo quanto o de um cavaleiro. Também seus princípios, seu estilo de vida simples, suas peculiaridades (como você ser o único capaz de montar no seu cavalo, a menos que você permita, rs), fiquei impressionada e já estava querendo me candidatar a ser aprendiz também!

Os personagens são bastante cativantes. Will é um garoto que se sente desamparado pela vida, mas conforme o livro passa ele acaba encontrando-se na arquearia, algo que jamais havia imaginado. Halt é um personagem que a princípio, parece ser muito ríspido. Mas conforme a história avança, vamos vendo outro lado dele, como a preocupação que ele começa a ter pelo seu aprendiz, além de ser um arqueiro excepcional, sem dúvidas (quero muito ver ele em ação). 

Além deles, também somos apresentados a Horace, um dos órfãos que morou com Will no castelo. Ao contrário do jovem arqueiro, Horace é alto e forte, exatamente o modelo de cavaleiro e entra sem problema algum para a Escola de Guerra. Ele e Will não começam se dando bem, mas acontecimentos futuros acabam tornando-os melhores amigos. Os outros órfãos também são apresentados e cada um vai para um ofício diferente, mas por enquanto foram poucas as aparições. Outro personagem que eu gostei muito foi o antigo aprendiz de Halt, o arqueiro Gillian. Ao contrário do antigo mestre, ele é bem espirituoso e de bem com a vida, mas não quer dizer que não seja feroz quando é preciso. Além disso, ele é o único arqueiro que consegue usar a espada tão bem quanto seu arco.

John tem uma escrita muito simples e não se prende muito a descrições, já que originalmente o livro foi feito para seu filho, e mostrar a ele que até mesmo as pessoas pequenas podem sim se tornarem grandes heróis. Porém a falta de descrição não me incomodou em momento algum, muito pelo contrário. A forma fluída e dinâmica do autor fez o livro voar e terminou assim, em um piscar de olhos. O primeiro livro termina de uma forma que você já entra em desespero procurando o segundo pra poder continuar e saber o que acontece hahaha. Sinceramente acho que o único motivo por eu não ter pego esse livro antes é pelo número de volumes (12 é um número um pouco intimidante, rs).

A diagramação é ótima, com folhas amareladas, uma fonte grandinha até, e não é um livro muito longo, mas cumpriu o seu papel de deixar muita curiosidade e perguntas sem respostas para o próximo livro! Só posso dizer que estou querendo mais desse mundo dos arqueiros, e vocês? Já leram? Estão com vontade de ler também? Deixo aqui a minha recomendação para vocês, ele é uma fantasia bem gostosa e divertida de ler, que abrange muitas lições de vida, e fala sobre amizade, sobre respeito, sobre como usar o que você acha que pode ser um defeito seu a seu favor, como ser pequeno, ágil e furtivo pode dar um grande arqueiro.

Até a próxima e tenham ótimas leituras!

Beijos