[Resenha] Ponte em Chamas (Rangers #02) - John Flanagan

Olá queridos, como vocês estão? Hoje vim aqui falar sobre a continuação maravilhosa de "Rangers - Ordem dos Arqueiros", Ponte em chamas.

Se você ainda não conhece ou está lendo e ainda não chegou nesse volume, recomendo que leia a resenha do anterior!

Resenha de Ruínas de Gorlan - Rangers #01

Nota:

Resumo

Se no primeiro livro você adorou seus personagens e todo o treinamento para se tornar um arqueiro, nesse segundo volume encontramos muito mais ação, um amadurecimento dos personagens, tanto nos relacionamentos quanto como pessoa. Will está indo excepcionalmente bem em seu aprendizado, mas ainda assim ele tem um longo caminho para se tornar um verdadeiro arqueiro. E isso fica bem claro quando em uma de suas missões algo acontece e ele não consegue lembrar do que aprendeu a tempo de reagir. Halt acaba acudindo-o, mas a confiança de Will fica abalada depois desse episódio.

Quando interceptam o inimigo, eles tiveram conhecimento do plano de Morgarath, e a guerra é iminente. Ao receber a notícia, o Rei Dundan envia Will em uma missão, juntamente com Gillan e Horace para ir ao reino de Céltica buscar por ajuda. Mas quando finalmente alcançam o reino, descobrem que alguma coisa ali estava errada. O local estava deserto, a estrada e até mesmo as aldeias estavam sem qualquer sinal de vida. Sem a ajuda de Céltica, não há como vencer, e o exército do rei precisa ser informado. Gillan toma essa missão para si, e volta sozinho para entregar a mensagem, e os dois jovens continuam lá, para explorar mais um pouco e ver se conseguem descobrir o porque daquele mistério todo.

Muitas coisas acontecem nessas páginas do segundo livro, e vamos conhecer mais um reino, Céltica, e também seremos apresentados a mais um personagem, Evalyn, que foi a única sobrevivente de um ataque na estrada. Ela diz ser uma servente, mas seus atos mostram aos nossos heróis que a história pode não ser bem essa.

O que eu achei

Ao contrário do primeiro livro, Will agora terá que ter mais senso de liderança e precisará depender mais de suas próprias habilidades, já que passa boa parte longe de seu mentor. Podemos ver que a confiança que foi abalada logo no começo vai aos poucos sendo restaurada, e isso foi um passo importante para não acabar sendo uma pessoa que se sente inatingível, invencível. Ele erra, mas o autor nos mostra que são com nossos erros que vamos aos poucos nos fortalecendo mais do que se acertássemos o tempo todo.

Outro ponto legal é o que a convivência dele com Horace trás. Apesar de terem se tornados amigos, ainda existe aquela rivalidade amigável, cada um querendo provar que aprendeu mais do que o outro. Mas no fim eles acabam aceitando que não podem ser melhores em tudo, e cada um tem habilidades diferentes em que são melhores, ou piores.

Gillan também aparece mais nesse livro, embora não tanto quanto eu gostaria (sim, eu gosto muito dele hahaha). Ele continua com aquele ar inabalável e positivo, e por muitas vezes é quem levanta o ânimo da comitiva, por assim dizer. Sendo mais velho e sendo tanto arqueiro quanto cavaleiro, ele tem muito a ensinar aos dois. Ele também é um bom conselheiro para Will, que sabe bem como Halt as vezes pode ser ríspido e inflexível.

O final do livro tem um plot twist que me deixou chocada. Sério, eu fiquei "MEU DEUS COMO ASSIM ISSO ACONTECEU, EU PRECISO DO PRÓXIMO AGORA" e ainda não faço a menor ideia de porque ainda não comecei o terceiro, mas logo vou provavelmente devorar o terceiro livro, assim como devorei esses dois primeiros.

A escrita do autor continua simples e fluída, sem muitas descrições mas ele conduz a história tão bem que quando você vê o livro já terminou. Gostei de ver como os personagens estão sendo mais aprofundados, e que não são heróis sem defeitos. Ao contrário, são tão humanos, que é muito fácil simpatizar com eles e seus dilemas e alegrias. 

A diagramação do livro continua maravilhosa. A capa com a flecha, e o fogo se alastrando atrás, trás uma das cenas mais impactantes desse segundo livro. Agora ele tem um mapa (yey! no primeiro não tinha), a fonte um tanto grande e espaçada, o que torna a leitura bem rápida. Algumas partes dos capítulos são coloridos, como o título, ou o final do mesmo. No primeiro livro é verde, e nesse segundo se usou o tom laranja. Achei interessante esse tipo de diagramação, ficou bem especial.

É um livro que terminou de uma forma inesperada, e embora antes mesmo de começar o livro você já saiba o que vai acontecer no clímax, o final simplesmente te derruba e abre um caminho totalmente aflito e repleto de ansiedade para o terceiro livro. Eu duvido que você não vá terminar Ponte em chamas sem querer ter o próximo logo na sua mão. Mesmo sendo uma série um tanto longa, apenas com dois livros já pude ver que ela não pretende se manter em um mesmo caminho, e deixar que a história se torne monótona. 

Se vocês já leram, venham comentar comigo, estou querendo muito falar mais sobre ele! Se não leram, e adoram uma boa fantasia, eu acho super recomendado. Já leram alguma coisa desse autor? Recomendam algo parecido? Me fala!!

Até a próxima e tenham ótimas leituras!

Beijos